A importância do incentivo às práticas esportivas para pessoas idosas é pauta de discussão nos mais diversos palcos, mas a implementação de ações nesse sentido são poucas. Nessa fase da vida, o esporte se revela um grande aliado na melhoria da qualidade de vida, promovendo autoestima e saúde entre o público da terceira idade.
Infelizmente, muitas competições esportivas ainda negligenciam esse grupo etário, seja ele pela falta de estrutura para atender a esse público ou até mesmo, em muitos casos, pela crença de que a capacidade física de quem tem mais de 40 anos já não é a mesma.
Não à toa, até os dias de hoje existe um “prazo de validade” para atletas de todas as categorias, com a justificativa de que o rendimento seja na quadra, no campo ou no em qualquer outro ambiente já não é mais o mesmo.
Um dos esportes olímpicos mais populares nas escolas, o handebol, tem seu espaço no coração dos brasileiros, sendo a porta de entrada para inúmeros jovens atletas no mundo das práticas de atividade física. O Clube Campestre em Campina Grande, vem através dos anos incentivando ainda mais essa paixão pelo esporte na região nordeste, sediando anualmente a tradicional Copa Campestre Pixbet de Handebol.
Neste ano, em sua 4ª edição, nadou contra a maré e veio com uma grande iniciativa para aqueles que muitas vezes são esquecidos no meio esportivo, a adição de atletas da categoria 50+. A novidade veio como uma forma de promover a prática dentro das mais diversas idades.
Em conversa com Bruno Rodrigues, coordenador técnico da Copa Campestre Pixbet de Handebol ele fez questão de ressaltar a importância da categoria no esporte, pois “Além de servir como exemplo para os iniciantes na modalidade, abrilhantam o evento com jogos mais estudados e de muita experiência a ser observada.”
“A presença de equipes 50+ oferece uma oportunidade para que pessoas mais velhas participem ativamente do esporte, combatendo estigmas sobre a idade e promovendo um ambiente de amizade.”
Para introduzir as 10 equipes que competiram pela categoria, os desafios tiveram que ser vencidos. As regras para a competição, precisaram de ajustes, mas nada que a vontade de fazer o diferente não tenha superado. “Foram dois meses de muitas reuniões, congressos técnicos, organização de tabelas, locais de jogos e horários, inscrições das equipes e etc. [...] Já as regras mudam somente em relação ao tipo de marcação (defesa) o formato do jogo segue o mesmo das outras categorias.”, comentou o coordenador.
Apesar de todos esses estigmas e desafios, o Clube Campestre provou que, quando se há a junção de determinação e garra, nada é impossível. A inclusão desta categoria em um campeonato tão importante quanto este deve ser o pontapé inicial para que outras competições se inspirem e sigam o mesmo exemplo, não deixando o preconceito falar mais alto.